Não é um filme de terror
Que passa na aula de História
Mas uma cortina densa que encerrou
A ocupação da senzala para além das portas
Da casa grande e tacanha
Não é um filme de terror
Que passa na linha do tempo
Mas uma máfia que entregou
Toda a riqueza que temos
À corja norte-americana
Não é um filme de terror
Que passa na hora do jornal
Mas um golpe que enterrou
O inédito avanço social
Na sarjeta, na lama.
Compilação randomicamente ordenada dos versos meus ou de Tchellonious ou de Tchello Melo ou de Marciano Macieira ou de algum lugar.
segunda-feira, 31 de julho de 2017
Da idade das pedras
Que não seja morosa
A saída amorosa
Da idade das pedras
O que me conforta
É que até uma rosa
Brota da merda.
A saída amorosa
Da idade das pedras
O que me conforta
É que até uma rosa
Brota da merda.
sexta-feira, 21 de julho de 2017
Sobre estes incríveis tempos torpes
Eu me protejo
Dos meus arrebatadores
Desejos
Não me peça tantos favores
Enquanto escrevo
Sobre estes incríveis tempos torpes
Mesmo com a informação disseminada
Os idiotas se orgulham do próprio retrato
E repetem a antiga foto
A competição nunca foi tão acirrada
Em busca do lugar mais alto
Do ódio.
Dos meus arrebatadores
Desejos
Não me peça tantos favores
Enquanto escrevo
Sobre estes incríveis tempos torpes
Mesmo com a informação disseminada
Os idiotas se orgulham do próprio retrato
E repetem a antiga foto
A competição nunca foi tão acirrada
Em busca do lugar mais alto
Do ódio.
quarta-feira, 5 de julho de 2017
Salve-se
Salve-se quem puser
Os pés no chão
E instrumentos de paz quaisquer
Ao alcance da mão
Salve-se quem quiser
Ouvir o coração
Para ser o que se é
Desde a conexão
Salve-se quem puder
Estar na direção
Da filosofia, da fé
E da poesia em ebulição.
domingo, 2 de julho de 2017
Eu até penso
Eu até penso
Que papel toalha
Possa ser chapéu de palha
Na falta de silêncio
Causada pela navalha
Que ceifa o sossego,
O asfalto e a calçada
E que se chama britadeira
Em plena véspera de segunda-feira.
Que papel toalha
Possa ser chapéu de palha
Na falta de silêncio
Causada pela navalha
Que ceifa o sossego,
O asfalto e a calçada
E que se chama britadeira
Em plena véspera de segunda-feira.
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