terça-feira, 23 de junho de 2015

Quantos há?

Quantos produtos há
para a indústria fabricar?

Quantos insultos há
para de angústia brincar?

Às vezes eu nem quero
uma resposta
como um produto
ou indulto

Quantos futuros há
para o tempo abrigar?

Quantos muros há
até o tento brilhar?

Quase sempre eu espero
de banho tomado aquela bem disposta
pergunta
ou angústia.




sexta-feira, 19 de junho de 2015

O fôlego do bocejo

No oceano
Temporal
Vou nadando
Estilo crawl

Até nas gotas de segundos
Fica logo profundo
Saber respirar
Ao separar o fôlego do bocejo

Tudo se leva no mar
Na saliva do beijo
Como se não valesse a pena amar
Mas outro jeito para viver eu não vejo.








quinta-feira, 18 de junho de 2015

A sirene e o sereno

Eu tento
Não criar desapontamentos
Diante do tempo
Dou ombros e abrigos
Ao meu amigo
Imaginário de longas datas
Para ficar sempre comigo
Sobretudo nessas horas
Natimortas que nos matam
De tão ociosas
Quanto nossas
Enquanto avança a madrugada
Com as janelas calmas
Pelo vazio volátil das calçadas
Chuto baldes, amêndoas e o vento
A dar o ar da graça do tempo
Entre a sirene e o sereno.


domingo, 7 de junho de 2015

Emissão de nuvens

Emissão de nuvens
De pensamento
Elas se confundem
Com as do firmamento

Algodões moram
Numa palavra sólida

Fábrica ao contrário
É onde o patrão
É o funcionário
Padrão

A fotografia no crachá
Não é a figura a se achar.





terça-feira, 2 de junho de 2015

Positividade na cabeça

O tempo não cessa
O sol recomeça
A cada nova manhã
Mesmo com o céu nublado

Positividade na cabeça
Para que as coisas aconteçam
Os gêmeos de Gêmeos da minha irmã
Já vão dar conta do recado

Quanto às jujubas vermelhas:
É bom deixar de comê-las
Para curtir uma maçã
E um churrasco no feriado.