quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Aviso aos necrófagos

Aviso aos necrófagos
A mais suculenta resposta:
A mesa está póstuma.




terça-feira, 23 de setembro de 2014

A todo instante instigante

Pelo que me lembro
A todo instante instigante
Eu quero uma memória
De elegante
Para a bola
Não ter o acolhimento
De uma pisada de elefante.






domingo, 21 de setembro de 2014

Interior litorâneo

Niterói
Água que se esconde
Porque o interior litorâneo se foi
Quando chegou a ponte

Niterói
Porto sinuoso
Progresso que destrói
Nosso bem mais precioso

Niterói
Rio realmente frio
Só queria de novo seu oi
Nestes tempos sombrios

Niterói
Vila Real da Praia Grande
Vamos dar os nomes aos bois
Que mugem distantes.






sábado, 20 de setembro de 2014

Nos purgatórios das gavetas

Cada poema
É um arquivo
Apropriadamente guardado

Para evitar problema
Quando não estiver vivo
Querendo recuperá-lo

É tanto ontem
Com dados nas entrelinhas
Nos purgatórios das gavetas

Que, embora não mais encontre
As poesias agora sozinhas,
Deve ser proporcional aos céus e às trevas dos poetas.



terça-feira, 16 de setembro de 2014

A vítima

A vítima não resistiu aos preferimentos
Morrendo de felicidade
Em vez de arrependimento.


terça-feira, 9 de setembro de 2014

No serviço

No serviço
De ser com viço
Vou sendo isso.






sábado, 6 de setembro de 2014

Um velho chavão

Embora seja um velho chavão
A chave maior
Que nem todos acham
Chama-se amor.


terça-feira, 2 de setembro de 2014

Contra o fluxo continuo a rimar

Nesses dias atuais
Preciso me alongar
Para ficar menos moído na viagem
A vida é curta e quase todos veem longas-metragens

Na falta de tudo com você
Contra o fluxo continuo a rimar
Porque a máquina de moer
Ne fera pas la même chose avec moi