terça-feira, 28 de maio de 2013

Minha jogada


Contagem regressiva
Para ocorrências decisivas
O jeito é me jogar
Sem me julgar
Minha jogada vai sair pro mar
Não vou atrapalhar o meu querer.

Momentos cruciais
Não vão me crucificar
Eu não posso ficar
Mais me aguardando no cais, agradando o caos
Minha jogada vai sair pra amar
Não vou atabalhoar o que sei fazer.



segunda-feira, 27 de maio de 2013

Domingo, eu não vou ao Maracanã.


Num misto de alegria e melancolia
Vi numa matéria - ao vivo, é claro - da televisão
Que um dos populares não iria
Domingo ao Maracanã torcer pela seleção
Por não ter a nababesca quantia
Do ingresso - ou melhor, mas pior – da extorsão.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Um sol ou um facho


Com os meus cachos
Cortados
Eu planto
No solo que não mais acho
Coitado
Nem santo
É só um sol ou um facho
Catado
Por encanto.


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Aos meus ócios e anseios


Sem contraindicações, é melhor dar uma chance
Aos meus ócios e anseios
Do que aos negócios farmacêuticos

Antes que me canse
Morrendo dia após dia de câncer
Extraio sem anestesia os paralisantes receios

O mar e a realidade


Existe uma coisa
Que não se move
Nem pousa
À qual uma das minhas nove
Almas é crédula
Existe...

Eu sei que o mar e a realidade enjoam
E há pessoas jovens
Embora sejam cronologicamente velhas
Portanto se renovem
Não somos tão-somente cédulas, células
E tristes.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Para não babar


Não vou salivar
Para não babar
Os meus planos
Mesmo aguando
Não será um tiro
Na água, contra a maré
Nem no escuro: eu não miro
Nunca no meu pé
Vai ser como eu tiro
Leite de pedra
É tiro e queda um retiro
Longe da selva de merda.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

No trânsito


Os trens, os ônibus, o metrô e as barcas estão operando
Normalmente nesta manhã de segunda feia
Flui o caos no trânsito.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A mão de Deus

De ego
Armando:
Maratona.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Coragem e ancoragem


A coragem
Não coage
Quem tem asas
Para a decolagem

A coragem
Cora e age
Decorando as casas
De quem mora na arte

Ancoragem
Dos pés no solo
Nem sempre descolo
Mas sigo na viagem.