De tão constante
e refrescante
o vento em Rio das Ostras
parece cinematográfico
as casas pertencem a um cenário
de realismo fantástico
e as praias são de outra
dimensão
eu sinto em cada grão
de areia e em cada gota
do mar a presença
de uma força em que não se pensa
de forma científica,
mas de uma maneira mística.
Compilação randomicamente ordenada dos versos meus ou de Tchellonious ou de Tchello Melo ou de Marciano Macieira ou de algum lugar.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Vários folhetins diários
As pessoas veem tanta novela
Que pensam que ninguém se afeta
Com o que se passa na tela:
A cupidez
A violência
A sordidez
A chantagem
A estupidez
Não digo que nada não seja inerente à personagem
Chamada de ser humano
Mas os vários folhetins diários,
Massivos e tacanhos,
Pasteurizam e uniformizam os comentários
Os comportamentos
E o gestual
Ser autêntico é a moda atual.
Que pensam que ninguém se afeta
Com o que se passa na tela:
A cupidez
A violência
A sordidez
A chantagem
A estupidez
Não digo que nada não seja inerente à personagem
Chamada de ser humano
Mas os vários folhetins diários,
Massivos e tacanhos,
Pasteurizam e uniformizam os comentários
Os comportamentos
E o gestual
Ser autêntico é a moda atual.
domingo, 15 de janeiro de 2012
Nunca se lembrarão
O isqueiro furtado
Por acidente, claro,
O aparelho de tevê
O teclado
O sofá
Os quadros
Os chinelos
O abajur apagado
Os travesseiros
O ar condicionado
E as cortinas
Nunca se lembrarão
De que a vida é curtinha.
Por acidente, claro,
O aparelho de tevê
O teclado
O sofá
Os quadros
Os chinelos
O abajur apagado
Os travesseiros
O ar condicionado
E as cortinas
Nunca se lembrarão
De que a vida é curtinha.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Enquanto sigo na jornada
Retorno para casa
Entorno a calda
E entorto cada
Contorno da cara
Quando ela encara
Uma luz tão clara
Que não se vê nada
Enquanto sigo na jornada
Aqui consta alma
Sem precisar domá-la
Para que caiba
Na minha arriscada calma.
Entorno a calda
E entorto cada
Contorno da cara
Quando ela encara
Uma luz tão clara
Que não se vê nada
Enquanto sigo na jornada
Aqui consta alma
Sem precisar domá-la
Para que caiba
Na minha arriscada calma.
domingo, 8 de janeiro de 2012
Em plena ilha
Com as gaivotas
e os golfinhos
não há derrotas
não me sinto sozinho
Em plena ilha
não me vejo ilhado
e fico na pilha
de estar ao seu lado
Pago vinte centavos
na lan house a cada minuto
e tenho versejado
através do mouse, sob um surto.
e os golfinhos
não há derrotas
não me sinto sozinho
Em plena ilha
não me vejo ilhado
e fico na pilha
de estar ao seu lado
Pago vinte centavos
na lan house a cada minuto
e tenho versejado
através do mouse, sob um surto.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
O sol sempre volta
Entre sístoles e diástoles
a gente vive
no interior e na megalópole
como os fotogramas de um filme
eu vou com as águas do rio
perpassando mágoas e pedras
e me reconheço nos ritos
de recônditas florestas
o sol sempre volta
já estava com saudades
do céu abrindo as portas
para dissipar a tempestade.
a gente vive
no interior e na megalópole
como os fotogramas de um filme
eu vou com as águas do rio
perpassando mágoas e pedras
e me reconheço nos ritos
de recônditas florestas
o sol sempre volta
já estava com saudades
do céu abrindo as portas
para dissipar a tempestade.
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