quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Faz tanto tempo

Faz tanto tempo
Que eu nem lembro
Se foi em julho
Ou em setembro
O grande mergulho
O mês é o de menos

Faz tanto tempo
Que fiquei sabendo
Dos meus sonhos
Ajeitados pelo vento
Daquele outono
Mesmo assim, eu tento

Faz tanto tempo
Que eu me apresento
Sob este verniz
Ferozmente sereno
Que pareço ser feliz
Falando o que não penso.

Um comentário:

Lua Adversa disse...

lindo!
faz tanto tempo que falo o que penso
e sinto o que faço...
Faz tempo que, apesar de unir ação e pensamento há um engima do que sou em ato.