Nasceram no mesmo ano
Os librianos
Edson Arantes do Nascimento
E John Lennon
Gênio no pé
O rei Pelé
Genioso pela paz
O beatle, o mito, o rapaz
Ambos poetas
No campo
E atletas
Do encanto
Septuagenários e pra sempre no imaginário popular
Pra gente pular ao som, no máximo volume,
Do soco radiofônico no ar
E no estômago dos ditos bons costumes
Eu quero ver gol
De ploc, de placa
De rock and roll
Do que não se aplaca
Imagine o mundo como só uma torcida
No segundo tempo da prorrogação
Da partida pela vida bem distribuída
Pela chegada da revolução.
Compilação randomicamente ordenada dos versos meus ou de Tchellonious ou de Tchello Melo ou de Marciano Macieira ou de algum lugar.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Dentro de alguns
Dentro de alguns dias
Será mais longo
O meu caminho entre a padaria
E o ponto de ônibus
Dentro de alguns segundos
Baixarei qualquer verso
Palavras de outros mundos
Tão pertos quanto secretos
Dentro de alguns foras
Acatarei cada tonelada do acaso
Como um ingrediente que revigora
A minha dieta de esfomeado
Dentro de alguns interiores
Decorarei, além do poema e da senha,
A casa inteira com cores
Que ninguém quase desenha.
Será mais longo
O meu caminho entre a padaria
E o ponto de ônibus
Dentro de alguns segundos
Baixarei qualquer verso
Palavras de outros mundos
Tão pertos quanto secretos
Dentro de alguns foras
Acatarei cada tonelada do acaso
Como um ingrediente que revigora
A minha dieta de esfomeado
Dentro de alguns interiores
Decorarei, além do poema e da senha,
A casa inteira com cores
Que ninguém quase desenha.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Da corrida do ouro
Eu jamais pedi
Para estar dentro
Da corrida do ouro
Se não tiver fim
O sonho sonolento
Não abro meu tesouro
Não sei se ganhei ou perdi
Gás, nome e tempo
Tudo ainda é tão pouco
Não quero me ater aqui
A este exato momento
Quando vou ficar forro?
Para estar dentro
Da corrida do ouro
Se não tiver fim
O sonho sonolento
Não abro meu tesouro
Não sei se ganhei ou perdi
Gás, nome e tempo
Tudo ainda é tão pouco
Não quero me ater aqui
A este exato momento
Quando vou ficar forro?
sábado, 16 de outubro de 2010
Com uma curiosidade cara
No dia de hoje
Não haverá meia-noite
Aliás nunca houve
Nem amanhã nem ontem
Poucas pessoas e peças
Neste horário deverão
Estar menos possessas
E possessivas com o que é vão
Eu olho para as caras
De todos os transeuntes
Com uma curiosidade cara
Igual à das nuvens.
Não haverá meia-noite
Aliás nunca houve
Nem amanhã nem ontem
Poucas pessoas e peças
Neste horário deverão
Estar menos possessas
E possessivas com o que é vão
Eu olho para as caras
De todos os transeuntes
Com uma curiosidade cara
Igual à das nuvens.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Na fissura da vontade
Embora não saiba
Do que tenho falta
Eu sei que sinto
Feito uma calça
Que cai na calçada
Apesar do cinto
Faz lembrar saudade
De qualquer idade
Passada ou futura
Na fissura da vontade
Esta lacuna sabe
Tanto quanto eu, como nunca.
Do que tenho falta
Eu sei que sinto
Feito uma calça
Que cai na calçada
Apesar do cinto
Faz lembrar saudade
De qualquer idade
Passada ou futura
Na fissura da vontade
Esta lacuna sabe
Tanto quanto eu, como nunca.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
E não foi em nenhum filme
Aparentemente inatas
E inflexíveis
As regras estão ultrapassadas
E não foi em nenhum filme
À tarde ou na madrugada
Que me admirei livre
Para participar do jogo
Sem cartas marcadas
Nada tão a ferro e fogo
Que me deixe as mãos atadas
Com as ideias no lodo
Ao lado de estratégias erradas
E inflexíveis
As regras estão ultrapassadas
E não foi em nenhum filme
À tarde ou na madrugada
Que me admirei livre
Para participar do jogo
Sem cartas marcadas
Nada tão a ferro e fogo
Que me deixe as mãos atadas
Com as ideias no lodo
Ao lado de estratégias erradas
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
A utopia e a apatia
Entre a utopia e a apatia
Reclamo da realidade
E clamo por poesia
Em vez de declamá-la
Por vaidade na vala
Da necessidade
Eu me proclamo
Via telepatia
Vassalo e suserano
Do meu território
No ar transitório.
Reclamo da realidade
E clamo por poesia
Em vez de declamá-la
Por vaidade na vala
Da necessidade
Eu me proclamo
Via telepatia
Vassalo e suserano
Do meu território
No ar transitório.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Para ver como são as coisas
Para ver como são as coisas
Talvez seja preciso ser
Como enxergam as bolsas
Ainda que não possam ver
Por algum código
Eu quero morar longe
Da cidade grande
Fora dela é onde
Fico menos distante
Dos meus olhos.
Talvez seja preciso ser
Como enxergam as bolsas
Ainda que não possam ver
Por algum código
Eu quero morar longe
Da cidade grande
Fora dela é onde
Fico menos distante
Dos meus olhos.
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