quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Prenhe

Só vou parar de chutar
A sombra minha
Quando o meu sol chegar
Ao meio-dia
Ainda que eu experimente
Os pontapés por dentro
Feito prenhe
De mim mesmo
Cujo nascimento
Não se calcula
Nos nove meses de praxe
Nem de forma prematura
É uma fase
Em que o tempo
Precisa de um tempo
Mais do que eu, quem sabe
Para me dar à claridade
Enquanto rola nada, nado ao vento.

Um comentário:

Lita Sahun disse...

A luta é eterna e o sol é diário (sem chave mestra)

Quanto tempo, né? Beijo, o sinal vai abrir, Lita