Doando roupas
Que não uso mais
Descongestiona o fluxo das coisas
Casuais e espirituais
Ouvindo as pessoas
De conselhos astrais
Deixo as peçonhas
E os receios para trás
Ando na mística rodovia
Sob um luar cheio
De factíveis utopias
Desprovidas de freio
Dos ultrapassados dias
Agora é um novo passeio
Onde os pés se dissipam
Dentro do sereno espesso.
Compilação randomicamente ordenada dos versos meus ou de Tchellonious ou de Tchello Melo ou de Marciano Macieira ou de algum lugar.
segunda-feira, 26 de julho de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
Esse mundo
Esse mundo me quebra
E eu me ergo
Saltando feito zebra
Preto e branco, sem ego
Em vez da faca
De carne, a de manteiga
Do leite puro da vaca
Na manhã meiga
Eu deveria ler mais Clarice
E curto muito o espanto
Poético diante da crise
Exceto quando janto
Eu sou grato aos meus pais
Jane e Jorge
Não posso reclamar jamais
São joviais e me dão sorte.
E eu me ergo
Saltando feito zebra
Preto e branco, sem ego
Em vez da faca
De carne, a de manteiga
Do leite puro da vaca
Na manhã meiga
Eu deveria ler mais Clarice
E curto muito o espanto
Poético diante da crise
Exceto quando janto
Eu sou grato aos meus pais
Jane e Jorge
Não posso reclamar jamais
São joviais e me dão sorte.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Meu baluarte
Certamente equivocado
Vou fazendo arte
Sem nenhum cuidado
Da minha parte
Mas com todo o amparo
Da poesia, meu baluarte.
Equivocadamente certo
Das minhas atitudes
Atrás de qualquer mérito
Para que a sorte mude
Ficando só um pouco mais perto
De mim ao descer das nuvens.
Vou fazendo arte
Sem nenhum cuidado
Da minha parte
Mas com todo o amparo
Da poesia, meu baluarte.
Equivocadamente certo
Das minhas atitudes
Atrás de qualquer mérito
Para que a sorte mude
Ficando só um pouco mais perto
De mim ao descer das nuvens.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Um pouco fora do corpo
Para a nota não voar
Eu tranco a janela
Ou abocanho todo o ar
Quando não ponho no bolso
Em pleno voo
Embora manuscrito
Num dia que já era
Eu sinto ainda comigo
Sustentando como osso
Não mais roo
Mesmo que não me lembre
Das noites feéricas
Eu amanheço sempre
Um pouco fora do corpo
Apesar do enjoo.
Eu tranco a janela
Ou abocanho todo o ar
Quando não ponho no bolso
Em pleno voo
Embora manuscrito
Num dia que já era
Eu sinto ainda comigo
Sustentando como osso
Não mais roo
Mesmo que não me lembre
Das noites feéricas
Eu amanheço sempre
Um pouco fora do corpo
Apesar do enjoo.
terça-feira, 13 de julho de 2010
Piso
Se odeio
Amo
Piso em olhos
Sangrando
Se deixo
Chamo
Piso em ovos
Por todos os cantos
Se perco
Ganho
Piso em novos
Óbitos estranhos.
Amo
Piso em olhos
Sangrando
Se deixo
Chamo
Piso em ovos
Por todos os cantos
Se perco
Ganho
Piso em novos
Óbitos estranhos.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Eu me lembro de quando
Bebendo com a mãe em casa
Eu me lembro de quando
Escrevia tentativas, cartas
E outros memorandos
Pulverizados pelo correio eletrônico
Ouvindo canções de priscas eras
Eu me lembro de quando
Gravava do rádio o repertório da festa
Cuja maior rebeldia era, às onze e tanto,
Sair de lá pensando no amor platônico.
Eu me lembro de quando
Escrevia tentativas, cartas
E outros memorandos
Pulverizados pelo correio eletrônico
Ouvindo canções de priscas eras
Eu me lembro de quando
Gravava do rádio o repertório da festa
Cuja maior rebeldia era, às onze e tanto,
Sair de lá pensando no amor platônico.
Da atividade invisível
Basta andar para sair
De qualquer inércia
Da atividade invisível
Diferente da matéria
Basta parar para si
Sem nenhuma pressa
O tempo é infinito
No relógio de quem espera.
De qualquer inércia
Da atividade invisível
Diferente da matéria
Basta parar para si
Sem nenhuma pressa
O tempo é infinito
No relógio de quem espera.
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