Rego as plantas quase murchas
Na ausência de chuva
Cerro as janelas
E as deixo assim até na sua presença
Exceto quando apenas venta
Sob o risco de afogar os vasos
Em caso de seca
Escancaro todas as frestas
Que restam por uma festa
Pode ser de aniversário.
Compilação randomicamente ordenada dos versos meus ou de Tchellonious ou de Tchello Melo ou de Marciano Macieira ou de algum lugar.
quarta-feira, 31 de março de 2010
segunda-feira, 29 de março de 2010
Congestionado e em trânsito
Sou feito de sustos
O resto é medo
O orgulho é tão absurdo
Que fecho os olhos mesmo
De óculos escuros
Mas me muno de outros meios
Para que ninguém me encare
Congestionado e em trânsito
Não sou só uma parede de carne
De quando eu era romântico
Nutro famélicas saudades
Eu tenho mais de trinta anos.
O resto é medo
O orgulho é tão absurdo
Que fecho os olhos mesmo
De óculos escuros
Mas me muno de outros meios
Para que ninguém me encare
Congestionado e em trânsito
Não sou só uma parede de carne
De quando eu era romântico
Nutro famélicas saudades
Eu tenho mais de trinta anos.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Contando menos, contendo mais
Contando menos
Para os outros
Ocos e plenos
Os meus sonhos
Do que comigo
Contendo mais
Os meus danos
Sérios e banais
Do que os anjos
Voando amigos.
Para os outros
Ocos e plenos
Os meus sonhos
Do que comigo
Contendo mais
Os meus danos
Sérios e banais
Do que os anjos
Voando amigos.
terça-feira, 23 de março de 2010
À mercê do que sei
Inspiro cuidados
Respiro poluentes
Piro um bocado
Suspiro continentes
Os pisantes feito peixes
Indicam aonde irei
Desde que me deixem
À mercê do que sei
A falta de eletricidade
Sugere uma dinâmica
De pele, mais leve e suave
Uma outra espécie de lâmpada.
Respiro poluentes
Piro um bocado
Suspiro continentes
Os pisantes feito peixes
Indicam aonde irei
Desde que me deixem
À mercê do que sei
A falta de eletricidade
Sugere uma dinâmica
De pele, mais leve e suave
Uma outra espécie de lâmpada.
terça-feira, 16 de março de 2010
Há
Há certas ocasiões
Em que se abrem
Todos os portões
Com só uma chave
Uma clave de sol
Há alguns clarões
Que me distraem
Mas sei as razões
Com um só insight
Sai de mim o pior.
Em que se abrem
Todos os portões
Com só uma chave
Uma clave de sol
Há alguns clarões
Que me distraem
Mas sei as razões
Com um só insight
Sai de mim o pior.
terça-feira, 9 de março de 2010
Lágrimas desidratam e gargalhadas embriagam
Com o espaço
Perigosamente espesso
Não posso mais ser escravo
Do oposto do que escrevo
Se mantiver os erros crassos
De sempre, eu não cresço
E perco o passo
E o abraço que em segredo peço
Sei que estou em pedaços
E que ainda padeço
Apegado ao passado
Aos pesados pesadelos
Não careço pagar caro
Por algo que não quero
Caminhando eu não paro
Pra pensar em quem espero.
Perigosamente espesso
Não posso mais ser escravo
Do oposto do que escrevo
Se mantiver os erros crassos
De sempre, eu não cresço
E perco o passo
E o abraço que em segredo peço
Sei que estou em pedaços
E que ainda padeço
Apegado ao passado
Aos pesados pesadelos
Não careço pagar caro
Por algo que não quero
Caminhando eu não paro
Pra pensar em quem espero.
terça-feira, 2 de março de 2010
Créditos e ladainhas
Se eu não me protejo
Dos meus ardentes desejos
Os dentes ainda trincam
Sem jeito, eu me projeto
De peito aberto em dejetos
Entre créditos e ladainhas
Ontem a chuva
Caiu feito luva
Sem perder a linha
Louvando a calma
Levando a alma
Que nunca foi minha.
Dos meus ardentes desejos
Os dentes ainda trincam
Sem jeito, eu me projeto
De peito aberto em dejetos
Entre créditos e ladainhas
Ontem a chuva
Caiu feito luva
Sem perder a linha
Louvando a calma
Levando a alma
Que nunca foi minha.
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