Preciso manter o cuidado
De fechar a janela
Do meu quarto
Em caso de procela
Pra não ensopar os livros
E os papéis subjetivos
Preciso manter a mudança
De rota e de atitude
Derrotas sempre levantam
E não tão-somente punem
Para abrir a porta do domicílio
Na volta do exílio
Preciso me ter maleável
Mas não para me expulsar
Dos meus tentáculos
Do meu móvel lugar
Sei que sou liso
E áspero por capricho.
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