Eu financio os meus suicídios
Dou de ombros
E empresto os ouvidos
Aos meus sonhos
Duvidosos e divididos
Entre o edifício e os escombros
Eu planejo os meus sequestros
Banco a farsa e o refém
Busco sempre o que detesto
Nos dejetos da infâmia e do desdém
Do entusiasmo ao tédio
Sou todos e ninguém
Eu apoio os meus boicotes
Mobilizo multidões contra mim
Agiotas em prol do meu calote
Como se fosse tão fácil assim
E discuto a minha relação com a morte
Tentando dissuadi-la do meu fim.
3 comentários:
Arrebentou irmão, muito maneira...
vc manipula sua poesia de forma que não há como não escapá-la
mandou bem pra caralho!
Muito boa! ;)
Parabéns.
Postar um comentário