Escravo do desejo
Sorrio latindo
Até quando perco
O medo do ridículo
Imerso no meu universo
De nuvens e dum sol que frita
Eu creio que esteja tão certo
Quanto as verdades científicas
Quem me vê com a caneta em punho
Com um ar de urgência
Pensa no teor do assunto
Sem desvendar, apenas tenta
Um dia ainda jogo fora
Todas as minhas angústias
Do tamanho da memória
Elas também são suas
À tarde eu gasto o tênis
Para poupar a passagem
Aparece tanta gente
Que arromba e não se abre
Nesta noite volto ao passado
Pra me lembrar que era outro
Agora eu estou quase reciclado
Da escória do vindouro.
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