O corpo é patrimônio
É porco o seu abandono
É o insólito modo de ser dono
De algo além do sonho
Eu não sou tricolor
Tão somente por causa do meu avô
Tento dosar os derrames de amor
Mormente para recordar de que sou
Os óculos escuros represam
O choro de uma íntima tristeza
Enquanto o ônibus me arremessa
Para mais uma enésima feira.
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