Não vou falar nada
O tempo é o meu porta-voz
É o dono da palavra
Que desata todos os nós
Não vai ficar só na garganta
O que está difícil de descer
Ainda que não me garanta
Por enquanto que vá acontecer
Vou andar quieto
E atento aos sinais
Dos trânsitos, sutis e diretos,
Chega de tantos charcos emocionais
O que eu articular
Não será escutado
Exceto pelo olhar
De quem estiver ao meu lado.
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