Ninguém mais conhece
A respeito de nós
Do que os dois
Ninguém esclarece
A despeito da barra
O que nos agarra
Ninguém nos atrai
Tanto quanto eu e você
Apenas os espirais
A nos remeter
Às vidas remotas
O devir denota dever
Além de você e de mim
Ninguém nos derrota
A paz é o nosso motim.
Compilação randomicamente ordenada dos versos meus ou de Tchellonious ou de Tchello Melo ou de Marciano Macieira ou de algum lugar.
terça-feira, 28 de agosto de 2007
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Aos poucos
Às franjas do eclipse
Do que fui e da lua
Arranja-se sublime
Aquela idéia sua
E eu nunca ouvia
Embora suspeitasse
Em acordar num dia
Que aos poucos nasce.
Do que fui e da lua
Arranja-se sublime
Aquela idéia sua
E eu nunca ouvia
Embora suspeitasse
Em acordar num dia
Que aos poucos nasce.
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Senso ainda
Mais do que contemporâneos
Antes de cada dia
De todos os anos
Há senso ainda
Em sutis circunstâncias
Algo sugere coragem
Por gentis concordâncias
De qualquer parte
Sem essa de rivais
Impondo raivas
Eternas e atemporais
Andemos com calma
Saboreando o vento
Sabendo que não é pó
Para tudo tem tempo
Debaixo do sol.
Antes de cada dia
De todos os anos
Há senso ainda
Em sutis circunstâncias
Algo sugere coragem
Por gentis concordâncias
De qualquer parte
Sem essa de rivais
Impondo raivas
Eternas e atemporais
Andemos com calma
Saboreando o vento
Sabendo que não é pó
Para tudo tem tempo
Debaixo do sol.
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Além da quarta parede
Remando no mesmo bote
Cada um tem seu colete
E se acode como pode
Além da quarta parede
Sem pensar em perigo
Cada um na sua garupa
Você consigo, eu comigo
Assim ninguém se culpa.
Cada um tem seu colete
E se acode como pode
Além da quarta parede
Sem pensar em perigo
Cada um na sua garupa
Você consigo, eu comigo
Assim ninguém se culpa.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Às curvas da estrada
Recebo o que solicito
E agradeço de coração
Às lágrimas num misto
De alegria e de aflição
Exultante porque existo
Mesmo abatido pelo furacão
Estou leve e tenho mantido
Sob disciplina a libertação
Não há nenhuma nostalgia
E a crise de abstinência
Não sabota mais a saudade sadia
A partir de hoje rege a consciência
De agir o que antes eu preteria
Por covardia e indolência.
E agradeço de coração
Às lágrimas num misto
De alegria e de aflição
Exultante porque existo
Mesmo abatido pelo furacão
Estou leve e tenho mantido
Sob disciplina a libertação
Não há nenhuma nostalgia
E a crise de abstinência
Não sabota mais a saudade sadia
A partir de hoje rege a consciência
De agir o que antes eu preteria
Por covardia e indolência.
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Serenos papos
Mudo fico
Quando faço
Mímica difícil
À crítica de aço
E prolixa, prefiro
Serenos papos
Em outros retiros
Com menos sopapos.
Tudo refino
Quando deixo
O verbo fixo
No desfecho
Dos velhos ditos
Eu me mexo sem medo
Dos mexericos
Sem nenhum mesmo.
Quando faço
Mímica difícil
À crítica de aço
E prolixa, prefiro
Serenos papos
Em outros retiros
Com menos sopapos.
Tudo refino
Quando deixo
O verbo fixo
No desfecho
Dos velhos ditos
Eu me mexo sem medo
Dos mexericos
Sem nenhum mesmo.
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Mundo bárbaro
Mais novos ângulos
Do que as conversas
Patinando no pântano
Paulatinamente submersas
Menos anteontem
Do que sempre agora
Num dia como hoje
Para a noite incógnita
Oriundo de um cenário
Absurdo e factual
Gira o mundo bárbaro
Pronto para a cal.
Do que as conversas
Patinando no pântano
Paulatinamente submersas
Menos anteontem
Do que sempre agora
Num dia como hoje
Para a noite incógnita
Oriundo de um cenário
Absurdo e factual
Gira o mundo bárbaro
Pronto para a cal.
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Hiante
Sob a inércia inicial do papel branco
Uma idéia sem véu e colorida
Pela tinta que não mais estanco
Ainda que seja pranto ou sangria
E a coagulação caça hiante
Em espaço hígido e ermo
Um hausto de rijo instante
Para o regozijo de mim mesmo.
Uma idéia sem véu e colorida
Pela tinta que não mais estanco
Ainda que seja pranto ou sangria
E a coagulação caça hiante
Em espaço hígido e ermo
Um hausto de rijo instante
Para o regozijo de mim mesmo.
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Sem desconto
Castelo dirigível
Feito de feitos
Fincado no solo
Fértil de solidão
Produto digerível
Apesar dos efeitos
Tudo sai pelos poros
Perto do porão
Terreno pronto
Para alçar voo
E alcançar o sonho
De quem eu sou
Sem desconto
Ao que sempre me ecoou.
Feito de feitos
Fincado no solo
Fértil de solidão
Produto digerível
Apesar dos efeitos
Tudo sai pelos poros
Perto do porão
Terreno pronto
Para alçar voo
E alcançar o sonho
De quem eu sou
Sem desconto
Ao que sempre me ecoou.
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Tanta vida
Existe tanta vida
Na planta silente
Na invisível formiga
No mendigo sem dente
Que sinto menos morte
Do que renascimento
Mesmo que algo sobre
Daquele setembro.
Na planta silente
Na invisível formiga
No mendigo sem dente
Que sinto menos morte
Do que renascimento
Mesmo que algo sobre
Daquele setembro.
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