O meu lar
Não é cela
Nem lugar
De procela
Segundo Tim Maia
Eu quero sossego
Na minha casa
E um quilo de desapego
Setecentos e quatro
No centro da cidade
Não é só um quarto
É mais do que a metade
Deste apartamento
No sétimo andar
Desenho meu reino
Ou fortaleza, sei lá.
Compilação randomicamente ordenada dos versos meus ou de Tchellonious ou de Tchello Melo ou de Marciano Macieira ou de algum lugar.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Com aquele ar
A hora passa
Com aquele ar
De atrasada
Mas vai chegar
As férias voam
Enquanto penso
Mais do que a folha
Submissa ao vento
Com aquele ar
De atrasada
Mas vai chegar
As férias voam
Enquanto penso
Mais do que a folha
Submissa ao vento
Mais do que o esqueleto
Meu corpo é onde habito
O sopro da minha delícia
Todo o meu débito
Troco em pele e perícia
Ergue-se o conteúdo
Mais do que o esqueleto,
Supera o que discorro e escuto
A torto e a direito
A minha carcaça
Abraça o lugar em que moro
E me ligo na casa
Que de mim eu decoro.
O sopro da minha delícia
Todo o meu débito
Troco em pele e perícia
Ergue-se o conteúdo
Mais do que o esqueleto,
Supera o que discorro e escuto
A torto e a direito
A minha carcaça
Abraça o lugar em que moro
E me ligo na casa
Que de mim eu decoro.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Holografia
Com a solidão
Ando e aprendo
Quando não me prendo
À solicitação
Talvez nem à que defendo
Na beira do verão
Na feira sem autorização
De qualquer referendo
O repouso pintou
Em boa hora em detrimento
Do mau tempo
O corpo se horizontalizou
A chuva aguou menos
Do que hidratou
A holografia do que sou
E do que estou sendo.
Ando e aprendo
Quando não me prendo
À solicitação
Talvez nem à que defendo
Na beira do verão
Na feira sem autorização
De qualquer referendo
O repouso pintou
Em boa hora em detrimento
Do mau tempo
O corpo se horizontalizou
A chuva aguou menos
Do que hidratou
A holografia do que sou
E do que estou sendo.
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Descanso volátil
No descanso volátil
Na volta do coletivo
É preciso ter tato
E os outros sentidos
Evasivos do fato
Apenas científico
É algo tão tácito
Quanto o paraíso.
Na volta do coletivo
É preciso ter tato
E os outros sentidos
Evasivos do fato
Apenas científico
É algo tão tácito
Quanto o paraíso.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Perdição sugerida
Para outra ocasião
A perdição sugerida
No atacado, sem prestação
Com desconto e à vista
Sem poesia, eu morro
Pescando algum brio
Aos meus olhos rotos
Pelo sol febril
Com a camisa de ontem
E a cara de vanguarda
Vagueio no horizonte
Na fronteira minada
Entregue aos eventuais
Instantes de cinema
Deixo-me fluir mais
O filme não queima.
A perdição sugerida
No atacado, sem prestação
Com desconto e à vista
Sem poesia, eu morro
Pescando algum brio
Aos meus olhos rotos
Pelo sol febril
Com a camisa de ontem
E a cara de vanguarda
Vagueio no horizonte
Na fronteira minada
Entregue aos eventuais
Instantes de cinema
Deixo-me fluir mais
O filme não queima.
Farto de mistério
Eu apenas quero
Uma cena, um papel
Um papo sério
Algo palpável
Sem lero-lero
Levo o céu
Ao inferno
A par, ao léu
Farto de mistério
Passo a ser eu
Pasmo, espero
O que aconteceu.
Uma cena, um papel
Um papo sério
Algo palpável
Sem lero-lero
Levo o céu
Ao inferno
A par, ao léu
Farto de mistério
Passo a ser eu
Pasmo, espero
O que aconteceu.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Continuo comigo
Eu sou o que quero
Ainda que aborrecido
E um pouco aéreo
Continuo comigo
Eu quero ser o que sou
Embora eu ignore
As nuances do amor
Adoro mais uma dose
O dilúvio incessante
Hoje teve fim
Doce diante
De tudo de mim.
Ainda que aborrecido
E um pouco aéreo
Continuo comigo
Eu quero ser o que sou
Embora eu ignore
As nuances do amor
Adoro mais uma dose
O dilúvio incessante
Hoje teve fim
Doce diante
De tudo de mim.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Tempos corridos
Verificando o excesso
De espaço entre as palavras
Observo o silêncio histérico
Mais loquaz do que a fala
Averiguo e corrijo
A falta de concordância
Nestes tempos corridos
Entro descalço na dança
Nuvens misteriosas no teto
Rebolam ao redor da porta
Um novo mundo está perto
As estrelas reportam.
De espaço entre as palavras
Observo o silêncio histérico
Mais loquaz do que a fala
Averiguo e corrijo
A falta de concordância
Nestes tempos corridos
Entro descalço na dança
Nuvens misteriosas no teto
Rebolam ao redor da porta
Um novo mundo está perto
As estrelas reportam.
Boa viagem
Eu escrevo como
Se me pusesse nas linhas
Não quero pensar, sonho
Em aprender igual a quem caminha
De modo ambulante
Para o sol abundante
Feito este instante
Sem depois nem antes.
Se me pusesse nas linhas
Não quero pensar, sonho
Em aprender igual a quem caminha
De modo ambulante
Para o sol abundante
Feito este instante
Sem depois nem antes.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Ao lado dos pássaros
Com a coluna moída
E a vista cansada
Capturo alguma vida
Na pista ou em casa
Com a cabeça alerta
E os pés alados
Ando voando na terra
Ao lado dos pássaros
Aonde chegarei
Estou para descobrir
Bruscamente eu sei
Eis-me aqui.
E a vista cansada
Capturo alguma vida
Na pista ou em casa
Com a cabeça alerta
E os pés alados
Ando voando na terra
Ao lado dos pássaros
Aonde chegarei
Estou para descobrir
Bruscamente eu sei
Eis-me aqui.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Pacto tácito
Novos ventos
Removem as teias
E nos põem em rede
Tantos adventos
Chovem as idéias
Antes imóveis e verdes
E nem se mensura
Ainda o impacto
Da revolução veloz
Na manhã futura
Validando o pacto
Tácito entre todos nós.
Removem as teias
E nos põem em rede
Tantos adventos
Chovem as idéias
Antes imóveis e verdes
E nem se mensura
Ainda o impacto
Da revolução veloz
Na manhã futura
Validando o pacto
Tácito entre todos nós.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Papo de signo
Para que eu me safe
Eu me restauro
Tendo à vontade
Entre o raro e o extraordinário
Sou assim de praxe
Caso contrário
Não passo de fase
Pauso mas não paro.
Corro o risco
Cerro o curral
Corrôo o disco
Quero carnaval
E poesia a quilo
Contra o caos
Pode até ser papo de signo
Nada fica igual.
Eu me restauro
Tendo à vontade
Entre o raro e o extraordinário
Sou assim de praxe
Caso contrário
Não passo de fase
Pauso mas não paro.
Corro o risco
Cerro o curral
Corrôo o disco
Quero carnaval
E poesia a quilo
Contra o caos
Pode até ser papo de signo
Nada fica igual.
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