segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Batendo braço com o caos

Enquanto não abraço o cais
Fico em pedaços, à deriva
Batendo braço com o caos

Enquanto estiver festiva
A compreensão dos sinais
Bato papo com os convivas

Enquanto passam mais
Violentos os dias
Vocifero vento nas naus

Enquanto no ar soar vida
Os naufrágios não serão maus
Com terra à vista.

3 comentários:

4rthur disse...

Uma queda de braço contra o caos é a versão pós-moderna da luta do cavaleiro contra amorte num jogo de xadrez. Será que Bergman apoiaria essa metáfora?

Duvi-dê-ó-dó.

Tchello Melo disse...

Na verdade, imaginei uma competição de estilo crawl pra não levar o créu do caos.
De qualquer forma, meu caro, fico feliz com a leitura plural dos versos, talvez modifique o título para "O Oitavo Selo" ou "O Cético Selo". Bergman subscreveria com cerveja!

Fabrício Fortes disse...

uau!
muito bom..
e quanto á metáfora proposta por artur, também duvido.. mas soa bem