Quem não disse
Que todos têm
Delícias e deslizes
Desejo e desdém?
Dispenso estar sujeito
À mudança brusca
De humor e de jeito
A culpa não é minha nem sua...
Quero viver mais pra mim
Poder respirar de novo
O ar que pedi e perdi
Existo, logo me movo
Cada um sabe só de si
E não do outro.
Compilação randomicamente ordenada dos versos meus ou de Tchellonious ou de Tchello Melo ou de Marciano Macieira ou de algum lugar.
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
domingo, 25 de novembro de 2007
Intrínseco
Eu queria ter, na moral,
Uma máquina do tempo
Mais do que a bola de cristal
Não é nada disso
Eu nem me arrependo
De ter vivido e bebido
Tudo o que não lembro
Além do que está na alma intrínseco
Antes de qualquer momento.
Uma máquina do tempo
Mais do que a bola de cristal
Não é nada disso
Eu nem me arrependo
De ter vivido e bebido
Tudo o que não lembro
Além do que está na alma intrínseco
Antes de qualquer momento.
Eu é que não vou
A cara ficará cheia
Feito a lua
Se não ouviu, leia
As letras miúdas
Os olhares de esguelha
As frases sem pronúncia
Se não captou
Como o poste
Eu é que não vou
Pedir que aposte
Na onda retrô
Por mais que se goste.
Feito a lua
Se não ouviu, leia
As letras miúdas
Os olhares de esguelha
As frases sem pronúncia
Se não captou
Como o poste
Eu é que não vou
Pedir que aposte
Na onda retrô
Por mais que se goste.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
Espantosamente óbvio
Não tem nada a ver com medo
É que saboreio
O abraço frio
Nas noites sem brio
E nos dias infames
Sobretudo quando abro os olhos
Não é que eu reclame
É espantosamente óbvio
Não quero pensar direto
Em rimas ricas
Em palavras bonitas
Para atenuar o que sinto
Que é tão concreto
Quanto o meu espírito.
É que saboreio
O abraço frio
Nas noites sem brio
E nos dias infames
Sobretudo quando abro os olhos
Não é que eu reclame
É espantosamente óbvio
Não quero pensar direto
Em rimas ricas
Em palavras bonitas
Para atenuar o que sinto
Que é tão concreto
Quanto o meu espírito.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Logo
Enquanto espero
Ajo
Acho
Que não é desespero
Chegar logo
Num lampejo
Antes do relógio
Se é o que quero
Enquanto ajo
Espero
Espeto
O tempo ágil
Não é onça
Nem vara curta
Parece ânsia
Mas me educa.
Ajo
Acho
Que não é desespero
Chegar logo
Num lampejo
Antes do relógio
Se é o que quero
Enquanto ajo
Espero
Espeto
O tempo ágil
Não é onça
Nem vara curta
Parece ânsia
Mas me educa.
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Em construção
Eu não sei sobre o que escrever
Enquanto penso num verso
Que possa comover
Como num passe, escrevo.
Enquanto penso num verso
Que possa comover
Como num passe, escrevo.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Tudo se aglutina
Sei que me absorvo
Na cada vez mais
Frenética rotina
Mas não estou morto
São muitos rituais
Para as minhas retinas
O tempo todo
E nas horas surreais
Tudo se aglutina
Entre o piloto
Automático e quem faz
O que antes não tinha.
Na cada vez mais
Frenética rotina
Mas não estou morto
São muitos rituais
Para as minhas retinas
O tempo todo
E nas horas surreais
Tudo se aglutina
Entre o piloto
Automático e quem faz
O que antes não tinha.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Mas é como se estivesse
Meu olhar parece assustado
É que é um bocado aberto
Ainda não acabei o quadro
Nem da metade está perto
Mas é como se estivesse
E nem me intimido com a necessidade
Intuição e interesse
Para minha integridade
Entre o que foi e as sobras
Desconsidero que janto
As dores sóbrias
Só por enquanto
Rio sozinho
Ao arrotar que sou capaz
De saber do caminho:
São futuros demais.
É que é um bocado aberto
Ainda não acabei o quadro
Nem da metade está perto
Mas é como se estivesse
E nem me intimido com a necessidade
Intuição e interesse
Para minha integridade
Entre o que foi e as sobras
Desconsidero que janto
As dores sóbrias
Só por enquanto
Rio sozinho
Ao arrotar que sou capaz
De saber do caminho:
São futuros demais.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
Batendo braço com o caos
Enquanto não abraço o cais
Fico em pedaços, à deriva
Batendo braço com o caos
Enquanto estiver festiva
A compreensão dos sinais
Bato papo com os convivas
Enquanto passam mais
Violentos os dias
Vocifero vento nas naus
Enquanto no ar soar vida
Os naufrágios não serão maus
Com terra à vista.
Fico em pedaços, à deriva
Batendo braço com o caos
Enquanto estiver festiva
A compreensão dos sinais
Bato papo com os convivas
Enquanto passam mais
Violentos os dias
Vocifero vento nas naus
Enquanto no ar soar vida
Os naufrágios não serão maus
Com terra à vista.
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Com certeza
Aparo as arestas
Paro de enxugar
Gelo com a testa
Degelo o olhar
Com certeza
Há muitas
Correntezas
Sós e chuvas.
Paro de enxugar
Gelo com a testa
Degelo o olhar
Com certeza
Há muitas
Correntezas
Sós e chuvas.
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
A partir
Ninguém me proíbe
Tampouco me coage
Sou louco e livre
Suporto a minha coragem
Não perco mais cacife
Muito menos o controle
Sou pleno e simples
A partir de hoje.
Tampouco me coage
Sou louco e livre
Suporto a minha coragem
Não perco mais cacife
Muito menos o controle
Sou pleno e simples
A partir de hoje.
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